… ou várias. Quando a Silvia me convidou pra blogagem, não hesitei em aceitar e disse que iria revirar meu arquivo procurando fotos que testemunham do desprendimento narcisíco com poses jacu, não demorou pra encontrar. Como a foto acima, por exemplo: a pessoa sai de um pub numa cidade da Suíça, vê o banco em forma de animal e pensa: Por que não tirar uma foto aqui, à essa hora e nesse frio? Não tinha ninguém na rua pra rir ou testemunhar esse pequeno momento de desprendimento total de autoestima, além da minha tia, que fez a foto. Clique nas fotos para ampliar a vergonha o momento jacu.
A primeira grande viagem da pessoa depois que se muda pra França é até a Alemanha, pra Oktoberfest. Não bastasse várias fotos jacu, a pessoa vai o Deutches Museum fazer a foto mais jacu da viagem: porque o cockpit de um avião ta ali pra isso.
O sorriso da jacu, Deutsches Museum, Munique, 2010
E um belo dia decidimos fazer um tour na terra dos ch’tis (norte da França. Eles tem esse apelido por 90% do som produzido no norte é precedido de um chiado, estilo carioca – que fique bem claro, gosto muito do sotaque carioca, gosto menos do meu cantado mineiro, só do meu. São pessoas simpáticas, muito mesmo, e corajosas, porque moram num lugar onde a maior parte do tempo o sol está escondido atrás de cinzentas nuvens.) Pois bem, passeando por Dunkerque, devidamente acompanhados por um amigo que nos explicava porque a maioria das construções da cidade era recente – cicatrizes da segunda guerra – nos deparamos com a estátua do corsário Jean Barth, e dela surgiu uma excelente e inevitável oportunidade para uma foto jacu em grupo. Bom, metade do grupo fez a pose, a outra metade não deu pra entender muito.
Jean Barth e os jacus, 2011
Mas nem sempre os momentos jacus são registrados sem companhia. Eu diria, inclusive, que um jacu atrai outro, e assim formam um belo e jacu casal. E aí você decide visitar Amsterdam, depara-se com um dos símbolos holandeses dando bobeira numa rua, e sem muito pensar se joga dentro do tamancão e, clic, foto declaradamente jacu garantida. Com direito à muitos sorrisos, claro, inclusive dos transeuntes holandeses (aposto que o tio ali do canto ta tentando adivinhar de onde somos.)
Jacus e o tamancão, Amsterdam, 2011
Vai visitar um vilarejo medieval? Por que não aproveitar os instrumentos da época pra garantir registros jacus? Claro, Luna também não escapa!
Dois jacus no pelourinho
Nem a Luna escapa das fotos jacu
Olha, uma catapulta! Vou subir lá pra foto (e por quê não?)
Pra finalizar esse post cheio de desprendimento (nota-se o esforço hercúleo para a prática do desapego), Paris é o cenário ideal pra fotos jacu: seja no Louvre (dentro ou fora, à escolha), seja na torre Eiffel ou Arco do Triunfo, impossível sair da cidade luz sem estrelar ao menos uma super produção jacu. A nossa foi registrada profissionalmente. Lembra da propaganda que dizia: “Não basta ser pai, tem que participar”? Pois aqui é o seguinte: não basta ser mãe, aguentar maratonas pra conhecer 300 lugares em um mês de férias, tem que fazer foto jacu no passeio de barco no Sena. Notem bem a presença de Luna, o cachorro que de longe tem mais fotos jacu na vida (por culpa desta jacu que vos escreve). Por um mundo com mais fotos jacu, por favor.
Quatro jacus e um cachorro, Paris, 2012
Não sou a única a abrir o baú da jacuzice. Também tem fotos jacu pra mostrar:
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