Enquanto no Brasil o termômetro sobe, por aqui ele faz o movimento contrário, os agasalhos começam a sair do fundo do guarda-roupas e a sacola de feira ganha uma configuração outonal, cheia de abóboras, couve, espinafre e alho poró, dentre outras delícias que garantem um menu quentinho, com sopas, caldos, cozidos e cremes, e um dos momentos mais emocionantes do ano é quando vejo na feira ou na parte de legumes do supermercado o retorno da vedete da estação (sim, me emociono até com frutas e legumes), um legume que durante anos negligenciei por pura implicância, e que redescobri quando estava na faculdade e fui almoçar na casa da minha saudosa bisavó (as mulheres da família são deveras longevas, até a tataravó me conheceu).
Crème de potiron
Alors qu’au Brésil les températures ne font que monter à l’heure qu’en France c’est tout le contraire que se passe, nos manteaux prennent la place des vêtements légers d’été et les légumes automnaux qui s’invitent dans les bacs du marché, où l’on voit de plus en plus le retour des courges, de choux, des épinards et du poireau, parmi d’autres délices de saison qui nous permettent d’avoir un menu chaud et varié avec des soupes, crèmes et potages. C’est à cette époque que je m’émeus rien qu’en voyant certaines légumes (oui, ça m’arrive, l’émotion m’envahi vite pour des choses très simples), plus particulièrement une avec qui “j’ai fais la paix” grâce à mon arrière grand-mère (les femmes de ma famille vivent longtemps, vous savez, la maman de mon arrière grand-mère m’a connue – ça fait trop d’arrières là, je sais).
A l’occasion mentionnée, mon arrière grand-mère Haydée, qui j’aimais beaucoup (j’ignore toujours la raison pour laquelle son prénom est français) avait déjà son diagnostique d’Alzheimer posé, mais elle habitait toujours dans son appartement et il y avait la femme qui lui aidait dans son quotidien, y compris en lui préparant ses repas, et elle cuisinait à merveille, Elza. J’étais encore à la fac, qui n’était pas loin de chez mami, alors je décide d’aller lui rendre visite et profiter pour lui tenir compagnie lors du déjeuner. Pour mon étonnement, Elza avait préparé des boulettes de viande (qui d’ailleurs étaient son spécialité tellement elles étaient goûteuses) une purée de courges. Moi, à cette époque là, n’aimais pas la courge (j’avais un trauma d’enfance), et je l’avais expliqué à Elza, qui m’a dit tout simplement que je devrais tout de même goûter la purée et, si je ne la trouvais pas à mon goût, elle me servirait du riz. J’ai goûté la purée et elle était délicieuse et à partir de ce jour la courge fait partie des menus quand les températures commencent à baisser. Ce moment quand je suis au marché et je vois la courge c’est en quelque sort une façon de revivre ce repas avec ma mami tant aimée, et je la prépare souvent en crème.
Arthur FrançaBrasil
Merci pour la recette.
Vou comentar com a patroa e tentar fazer essa receita.
Eu também era bem chato para comer, cheio de não gosto sem nunca ter provado, nem azeitonas eu comia. Comportamento bem "tonto". Mas depois de sair de casa para fazer faculdade, ou você come o que tem ou passa fome, muita coisa mudou na minha cabeça e no meio hábito alimentar. Além disso, a patroa é cheia de querer comer e preparar coisas novas e diferentes. O que antes eu fazia (provava) em nome do "amor", hoje provo tudo em nome da descoberta e do prazer gastronômico.
Bonne journée.
Natalia Itabayana Junqueira de Mattos
Ei Arthur!
Depois me conte como ficou o creme e se deram algum toque pessoal, gosto de variar minhas receitas!
Milena F.
Eu já sou "boa de boca " provo de tudo! Sou apenas um pouco chatinha com alguns temperos, mas se não for exagerado aprovo numa boa! A sua receita parece deliciosa!
Natalia Itabayana Junqueira de Mattos
Milena, eu gosto bem dos temperos, tenho esquecido mesmo é do sal, acredita? Acabo usando as ervas da Provença e outros temperinhos pra mudar o gostinho da comida! A receita da abobora é simples, mas fica gostosa sim e nessa não esqueço o sal!
Depois me conta como ficou sua versão!
leonor
Eu compro abóbora todas as vezes que vou ao sacolão. Minha menina comenta que não entende como eu consigo comer tanta abóbora e não enjoar.
Minha abóbora preferida aqui em Minas é chamada de japonesa, nas feiras livres de São Paulo ela é conhecida como cabochã.
Adoro aquele sabor adocicado que ela possue e a vantagem de ter apenas 12 calorias por 100 gramas.
Você usou a abóbora japonesa em sua receita?
bjss!
Leonor
leonor
Natália, voltei…
No ano passado li uma postagem da Amanda(http://portedoree.blogspot.com.br/2011/05/top-10-produtos-dos-supermercados.html) sobre produtos comprados em supermercados franceses.
Comprei dois deles que eu amei: a lata de cassoulet e as compotas (comprei a de pera).
Que tal você dar algumas sugestões para nossas próximas compras? Coisinhas que você descobriu e gostou !
bjjjjjjjssssss!!!
Leonor
Natalia Itabayana Junqueira de Mattos
Ei Leonor!
Olha, não sei exatamente qual o tipo de abobora que usei, ela tem a casca laranja também, escolho a que tem um bom tamanho, mas realmente não atento ao tipo, vou pela aparência dela!
Quanto aos produtos vi o post da Amanda e vou tentar elaborar minha listinha, mas ja confesso que vai ser um desafio!
Obrigada pela sugestão!
Arthur FrançaBrasil
Testada e aprovadíssima!!!!
Natalia Itabayana Junqueira de Mattos
E pela foto que você mandou ficou super apetitosa!
Angela alves de oliveira
Natália, boa noite, eu costumo usar um pedaço de gengibre e ás vezes um bom pedaço de queijo roquefort, experimente, depois conta se gostou.
abraços