Na minha primeira vinda à Europa, em 2004, Portugal foi o primeiro país onde pisei em solo europeu, o tempo de uma conexão entre Lisboa e Zurique. Mesmo sem ter saído do aeroporto, e tendo visto apenas o que a janelinha do avião nos mostra antes da aterrissagem, sabia que iria voltar pra conhecer a “terrinha”. Quase dez anos depois da primeira pisada em solo português, eis que um feriado no fim de maio se mostrou a ocasião perfeita pra finalmente fazermos nossa primeira viagem à terra dos descobridores do Brasil.
Ao preparar a viagem pra Porto acabei por me dar conta de que Portugal é o quarto país onde a segunda cidade, e não a capital, é minha porta de entrada: foi assim na Suíça – conheci Zurique antes de Berna – na Itália, com a visita à Milão (ainda não conheço Roma, só Bernardo já foi lá), e o mesmo caso se aplica à Espanha, onde visitamos nossa “vizinha” Barcelona. As capitais têm seu lugar numa viagem, mas essa coincidência tem se repetido com certa frequência nos nossos roteiros, e mais recentemente dois países integraram essa listinha: Rússia e Suécia.
Mas voltemos ao Porto. A viagem aconteceu poucas semanas depois do feriado de páscoa, quando viajamos por 9 dias na Ligúria e Toscana, onde percorremos bons 1600km. Assim, escolhi um destino onde o único compromisso seja contemplar a paisagem, flanar, e o que vier de belo pelo caminho é lucro, onde não tivéssemos de nos desdobrar pra falar o idioma local ou o inglês, com bastante história, charme e boa comida, e o Porto reúne todos os critérios da lista. Eleita como principal destino europeu de 2014, a escolha da cidade pro feriado foi mais que acertada, e o tempo lindo que fez a partir do dia seguinte à nossa chegada contribui muito pra tornar esse fim de semana prolongado ainda mais especial.
Chegamos no final do dia em Porto, e fomos recepcionados por um restinho da chuva de primavera que caiu sobre a cidade ao longo do dia. O aeroporto é muito bem sinalizado, recebemos um mapa logo no desembarque e não tivemos nenhuma dificuldade em encontrar a estação de metrô, que fica dentro do aeroporto. Compramos o ticket e em pouco tempo embarcamos num vagão muito confortável e novo que nos levou até bem perto do hotel. No trajeto, os primeiros azulejos deram uma prévia do que veríamos em grande quantidade ao longo do fim de semana: as fachadas de muitas das casinhas pelas quais passamos são cobertas por azulejos, e o estilo das mesmas me transportou aos meus souvenirs de infância no interior de Minas Gerais. Não fosse o sotaque de duas amigas conversando animadas no metrô, em pouco tempo a contemplar as casinhas eu teria a certeza de ter chegado num cidadezinha mineira.
O trajeto do metrô, em parte na superfície, já serviu de prévia ao que viria pela frente: uma sucessão de belezas singelas, diferentes, com tom de nostalgia de infância. Quando nos aproximamos da cidade, o metrô ganha o subsolo, e em pouco tempo chegamos na estação próxima ao hotel onde nos hospedamos. Ao sair da estação, nos deparamos com o charmoso Jardim do Marquês de Pombal, numa praça arborizada e cercada por lojinhas que já estavam fechadas, pois chegamos no fim do dia, e restaurantes, estes começando a ficar movimentados. O mapinha que recebemos no aeroporto foi de grande serventia, e rapidamente encontramos o caminho pro nosso hotel, numa rua calma não muito longe da movimentada rua da Constituição.
Depois de 15 minutos de caminhada em que eu tentei resistir o quanto pude ao impulso de fotografar todos os azulejos que revestem as fachadas dos edifícios, chegamos no endereço onde passamos os 4 dias em Porto, e tocamos a campainha, seguindo a instrução que constava na porta da recepção. Em pouco tempo, um simpático senhor nos recebe e, após perguntar nosso nome, exclama: “ah, o casal de brasileiros! Bem-vindos, aqui é vossa casa”. Depois de nos explicar as regras da pousada e nos entregar as chaves pro quarto, acrescentou: “tenho idade pra ser avô de vocês, se me permitirem, os tratarei como meus netos”. Pra quem está a 8 mil quilômetros de distância do avô, isso é um afago e tanto. Foi assim que o Porto abriu suas portas pra gente, e que seu João nos recebeu no seu simples, estabelecimento, porém muito limpo e arrumado, o *Residencia Vale Formoso*. Tratamos de nos instalar no nosso quarto e não tardamos a sair pra jantar nos arredores mesmo, pois o dia seguinte prometia muita caminhada pela cidade invicta.
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Ahhh… o Porto! Nossas impressões da cidade foram exatamente as mesmas. Também me imaginei voltando pra minha querida Minas Gerais. Que cidade linda! Que povo simpático! Muito amor pelo Porto e Portugal.
Sai do Porto com a melhor das impressões de Portugal, e mal espero a proxima oportunidade pra escapulir pra la, ainda ha tanto o que ver na cidade e em seus arredores! Quero correr a meia maratona do Vale do Douro, visitar as vinicolas da região como se deve, ouvir mais historias de familia nas cidadezinhas. Um país lindo com povo acolhedor!
Helô Righetto
Nat, o que eu tirei de foto de azulejo no Porto dava pra imprimir um livro : )
Natalia Itabayana
Eu fiz um bocadinho de fotos de azulejos, e em breve elas vão enfeitar a parede aqui de casa! Eles são irresistíveis, né?
TVR
Ahhh… o Porto!
Nossas impressões da cidade foram exatamente as mesmas. Também me imaginei voltando pra minha querida Minas Gerais.
Que cidade linda! Que povo simpático! Muito amor pelo Porto e Portugal.
TVR
Ahhh… esse TVR aí sou eu: o Tiago, do Rotas Capixabas. 🙂
Natalia Itabayana
Sai do Porto com a melhor das impressões de Portugal, e mal espero a proxima oportunidade pra escapulir pra la, ainda ha tanto o que ver na cidade e em seus arredores! Quero correr a meia maratona do Vale do Douro, visitar as vinicolas da região como se deve, ouvir mais historias de familia nas cidadezinhas. Um país lindo com povo acolhedor!