Dia desses, conversando com dois amigos franceses que fiz na faculdade, nos egamos falando de filmes que assistimos recentemente. Quando disse que o mais recente “Planeta dos macacos – o afrontamento” tinha sido meu último filme, meu amigo logo sugeriu a leitura do livro, escrito por um francês. Daí acabamos mudando o assunto rapidamente de filmes para livros, e ambos fizeram uma série de recomendações que em breve aparecerão por aqui, inclusive com alguns autores provençais.
O planeta dos macacos é um livro de ficção científica escrito pelo engenheiro eletricista francês Pierre Boulle é publicado em 1963, e que foi adaptado pro cinema em 8 versões, sendo a primeira lançada em 1968 e estrelada por Charlton Heston. Nascido em Avignon, ele herdou do pai o gosto pelas letras, mas o falecimento deste o obrigou a assumir prematuramente o comando da família. Aos 24 anos, ele vai pra Malásia trabalhar nos seringais, onde passa 3 anos. Ainda no Sudeste Asiático, ele combate durante a Segunda Guerra Mundial ao lado das tropas fiéis ao general de Gaulle, responsável pela liberação da França do domínio nazista. Ao regressar à França, Pierre Boulle recebeu condecorações do general de Gaulle por seu trabalho durante a guerra. Desde seu regresso à França, ele se consacra integralmente à escrita e publica ativamente entre 1950 e 1992.
Este foi primeiro livro do gênero que li, e achei uma leitura interessante. A narrativa do autor é envolvente e capturou rapidinho minha atenção, tanto que numa só manhã li praticamente 80% do texto. Acredito que seja dispensável apresentar a trama do livro: orangotangos, chimpanzés e gorilas organizam-se em uma sociedade civilizada, enquanto a raça humana regride ao estado pré-histórico, e nesse aspecto o filme estrelado por Heston é extremamente fiel ao livro. Assim que terminei a leitura, tratei de assistir à primeira versão adaptada pras telonas, e acho que a leitura supera os efeitos especiais – inovadores pra época, sem dúvida. As semelhanças entre livro e filme referem-se principalmente à trama, enquanto o desenrolar da história se dá de formas diferentes, e o foco em ambos é igualmente diverso. Recomendo muito a leitura, e já estou de olho em outros títulos do autor pra incluir na lista: “A ponte do rio Kwai”, que também foi adaptado pro cinema, e “A arqueologia e o mistério de Nefertiti”, publicação póstuma.
Alguém tem um palpite sobre o monumento que aparece no final do livro? Conta nos comentários!
Camila Navarro
Claro que eu fiquei curiosa para saber no que eu me parecia com o autor. Agora quero só um pouquinho da imaginação dele. rsrs