7 cantores francofones pra incluir na sua playlist

postado em: Vida na França | 2

A música francesa não fazia parte do meu repertório antes de nos mudarmos pra cá, mas desde nossa chegada alguns artistas ganharam espaço na minha playlist e alguns títulos me ajudaram a aprender ou melhorar a fluência no idioma, além de enriquecer o vocabulário e variar um pouco o estilo musical ao qual estava habituada. Por vezes me pego dançando sozinha ao som do mais recente sucesso francofone e canto junto, mesmo que seja desafinada, mas porque as letras me agradam e a melodia é gostosa, e isso faz valer o ditado “quem canta, seus males espanta”. Fiz uma listinha dos artistas francofones que escuto com certa frequência, seja no trajeto casa-trabalho, seja quando estou em casa.

1- Stromae

Minha chegada na França aconteceu ao som do hit responsável pela fama do cantor e compositor belga de 29 anos: Alors on danse. Paul Van Haver é o nome de batismo de Stromae, palavra que é um verlan, uma espécie de gíria na língua francesa, que consiste na inversão da primeira e última sílabas. Nesse caso, a palavra escolhida como codinome pelo artista é maestro, e a escolha não foi ao acaso. Além de ser autor de suas músicas, ele é também o compositor e produziu uma série de vídeos nos quais ensina seu processo de criação musical. Em seu primeiro álbum ele privilegiou textos que tratam do cotidiano (Alors on danse fala sobre a rotina trabalho-casa-balada “pra esquecer os problemas”), enquanto seu segundo álbum traz temas mais delicados como escolha política e questões étnicas em Bâtard, onde ele faz menção ao genocídio ruandês que o tocou diretamente, pois foi quando ele perdeu seu pai, que era originário do país africano. O grande hit do álbum fica por conta de Papaoutai, em que ele evoca a questão da ausência paterna – papaoutai é um trompe oreille, jogo de palavras sonoro, e significa “papa, où t’es“, “papai, onde você está”, é hit em outros países europeus também, e chegamos a escutar a música numa cafeteria na Rússia.

2- Coeur de Pirate

Béatrice Martin, canadense de Montréal – ou québécoise pros franceses – também marcou nossa chegada na França em 2010, com a música Ensemble que ela cantou em duo com Julien Doré. A música que ela interpreta atualmente nas rádios é de Renaud Séchan, que a compôs na época para sua filha, Lolitta, e a letra conta as lembranças do compositor do tempo em que ele se deliciava com as guloseimas da confeitaria Mistral gagnant, que dá nome à música. A música me emociona toda vez, e em grande parte por conta da voz belíssima de Béatrice, que também toca piano desde os 3 anos.

3- Zaz

A voz rouca da cantora que animava as ruas de Montmartre em 2010 me conquistou com a animada música Je veux. A letra é simples e fala de escolhas pautadas por princípios igualmente simples, visando a conquista de amor e felicidade. Não demorei muito a cantar junto cada vez que ouvia o sucesso na rádio, e fiquei muito feliz com o lançamento do seu mais novo álbum, quando ela já estava com os holofotes voltados em sua direção, mas sem perder a essência da simplicidade nas letras, e da animação da música. On ira fala da força do coletivo, de que juntos somos fortes, e o clipe é de uma simplicidade apaixonante. 

4- Joyce Jonathan

Um violão, uma voz suave e uma melodia calma, assim é o estilo de Joyce Jonathan. Sempre que escuto suas músicas, abro um sorriso, à imagem da forma como a cantora se mostra em seus video clipes, e canto junto as baladinhas que são fáceis de aprender.

5- Christophe Maé

Provençal de Carpentras, a terra dos morangos e melões mais saborosos da região, Christophe Maé tem um estilo musical bem descontraído. O sotaque provençal do cantor e sua prosodia rápida foram um grande desafio linguístico pra mim no início, e em 2010 levei um bom tempo a aprender seu sucesso do momento, J’ai laissé. Seu mais recente álbum é um sucesso por aqui, e adoro a música Tombé sous le charme, que fala das férias que o cantor passou com a família em Nova Orléans, nos Estados Unidos. 


6- Indila

Filha do mundo, é assim que a jovem parisiense Indila se define. Suas letras poéticas e com temas fortes, a música envolvente e com uma voz incrível, ela fez por merecer os elogios de Stromae, e ganhou rapidamente destaque nas seleções de rádios francesas. Dernière danse foi seu título de sucesso por algumas semanas aqui, e tanto clipe quanto música são excelentes.

7- Julien Doré 

Julien Doré foi vencedor do programa de talentos Nouvelle Star em 2007, e foi em 2010 que o ouvi nas rádios, no dueto com Coeur de Pirate. Este ano, foi com a música Paris-Seychelles que ele conquistou várias rádios. O clipe, filmado da praia de Guimaëc, na Bretanha, mostra seu mini-sósia interpretando seu papel como criança.  

2 Responses

  1. Milena F.

    Adoro todos eles, com exceção da Indila, que não me desce de jeito nenhum (falo das músicas).
    desses, Christophe Maé é meu queridinho, adorei ir a um show dele (quero ir em outros!) e gosto muito da Joyce Jonathan!

  2. Natalia Itabayana

    Tive certa resistência à Indila logo de inicio, mas resolvi prestar mais atenção às letras dela, e são realmente muito interessantes e intensas. É um estilo diferente, não acredito que toparia ir a um show dela. Em compensação, não teria o menor problema em ir no show do Maé! Faltou incluir na lista a Olivia Ruiz, gosto muito dela e em dezembro vou vê-la num show na abertura da estação de esqui!

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